segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Classe média, a base do capitalismo

Muita gente pensa que quem dita as regras do capitalismo é a alta sociedade, pois eles que decidem em que área e quanto investir, quantos empregos irão gerar, etc. Mas esse modelo econômico é movido pelo consumo, ou seja, os produtores só enriquecem porque a classe média consome os seus produtos.

Uma coisa que grande parte da população não sabe é que a concentração de renda provoca a inflação, o que alarga cada vez mais o espaço da desigualdade social entre o rico e o pobre. Por causa disso, muita gente diz que o capitalismo tem prazo de validade, que uma hora o rico vai ter sugado tanto do pobre que uma crise global estagnará no mundo até que outro modo de organização econômica seja implantado. É muito provável que isso não venha a acontecer porque a real identidade do capitalismo é de fazer com que os poderosos se mantenham no poder – já está no nome "capitalismo" que prevalece quem entra com o capital – apenas investindo e deixando que o resto trabalhe, ou seja, quem tem dinheiro não precisa trabalhar.

Porém, para um investimento ter retorno é porque alguém está gastando com isso, e esse alguém é a classe média. Quando consumimos algum produto, estamos enriquecendo alguém. Quando você consome produtos de uma empresa gigante que só visa lucros e não se interessa por causas sociais ou pelo problema que é causado pela concentração de renda, está dando o aval para que aquele investidor ou grupo de investidores continuem a provocar esses problemas.

Alguns exemplos: Quando você consome produtos de soja da empresa Bunge está contribuindo com a destruição do serrado brasileiro para plantar soja – sim, é isso que ela faz –. Quando você compra produtos de grandes empresas americanas está contribuindo para que continue o imperialismo americano que, para mim, é o pior dos meios de exploração já inventados.

"Então qual a solução?"

A solução depende apenas de você, basta não consumir produtos dessas empresas. Elas fazem muito marketing e alienação para que tu não saibas disso. Uma coisa que eu faço é de nunca, se possível, consumir produtos de empresas estrangeiras – principalmente as gigantes (McDonald's, Coca Cola, etc.) –, e sim nacionais que contribuem para uma melhor distribuição e limite de renda (pequenas e médias empresas).

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Liberação da maconha, ser a favor ou contra?

Um tema muito complexo, porém não posso deixar de opinar e defender meus argumentos. Eles possuem falhas, é lógico, afinal não tenho conhecimento amplo de como é ser um ministro da fazenda, mas o objetivo é interessante.

Numa possível liberação da maconha eu seria a favor, porém com restrições. A primeira seria a proibição da venda a menores de 18 anos, e proibido também de ser consumido em lugares públicos com fluxo considerável de pessoas e próximo a crianças. A questão de não usar, caberia aos pais educar, assim como é com o cigarro.

Concordaria com a profissionalização o tráfico, criando uma sede empresarial em cada morro. Cada favela teria uma empresa diferente. Os traficantes teriam seus crimes perdoados – crimes em relação ao tráfico de drogas e só –, passariam por um processo de reabilitação social e trabalhariam nesses recintos, que gerariam lucros pro governo. Consequentemente, haveria desenvolvimento para a população das favelas, porque teriam empregos, empregos levariam a população a ficar bem financeiramente, população com dinheiro acarretaria em maior mercado consumidor, assim estimularia os próprios moradores a abrirem microempresas no lugar. Mercadinhos, padarias, bares, salões de beleza, ou seja, iriam tacar fogo (no bom sentido) na economia local, porque o povo iria ter com o que gastar e os comerciantes para quem vender.

Também há outro argumento interessante. Pelo fato de se tornar algo legal, o tráfico não teria a necessidade de se armar, pois seus integrantes se tornariam cidadãos legais e receberiam proteção da polícia, assim como todos nós, o que reduziria significativamente a violência urbana e os índices de criminalidade.

Por ser um tema muito complicado existem muitos prós e contras, e pelo fato do nosso país ser muito miscigenado as opiniões variam muito do ponto de vista de cada um. Fora os outros tipos de traumas e problemas pessoais. Exemplo: Por mais que existissem infinitas vantagens, uma pessoa que sofreu agressões por alguém que estava sobre o efeito de drogas ou um filho que viu o pai se destruir por causa do vício, provavelmente nunca concordaria com a liberação.

Mesmo que você aceite minha argumentação ou seja totalmente contra, o objetivo dessa postagem não é de convencer ou instruí-lo, mas de fazer você pensar, tomar posições, concluir, se conscientizar sobre as coisas importantes da vida, mas que muitas vezes passam despercebidas. Não se deixe levar por opiniões de terceiros. Leia sobre tais assuntos, pesquise, para ai sim você demonstrar sua verdadeira liberdade de expressão.

OBS: Muita gente têm criticado a ideia das empresas nos morros, dizendo que é impossível de isso acontecer. Mas é claro, os problemas são muito complexos. Tem muito jogo de poder envolvido nessa questão toda. Esse exemplo foi apenas um lado ideal e otimista de ver a situação, porém todos nós sabemos que foge da realidade em que vivemos. O objetivo da postagem é de fazer você refletir, pensar.